terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bancos Comunitários e Sustentabilidade

Consideramos que exista dentro da proposta de Bancos Comunitários, outro viés que se tornou seguidor dos empreendimentos humano sustentável e por sua vez busca atender aos quatros requisitos básicos da sustentabilidade: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.

Acreditamos que são; ecologicamente correto - entre outras razões, por facilitar a vida dos moradores das regiões periféricas e muitas das vezes não necessitarão de utilizarem transportes que emitam gases poluentes (CO²), objetivados simplesmente em quitarem suas contas de consumo de água, luz, telefone, boleto etc., uma vez que o B.C’s oferece os serviços de correspondente bancário.

Compreendemos como; economicamente viável - por ser direcionada a valorização do ser humano e a criação de novos empreendimentos coletivos de caráter autogestionário para a comunidade, propiciando oferta de empréstimos concebidos aos grupos produtivos, por exemplo, grupos de empreendimentos de reciclagem, culinária e costura entre outros, bem como, potencializar a criação de novos postos de trabalho no comercio local, e assim, melhorar a qualidade de vida entre moradores das comunidades menos abastadas.

Tratamos como; socialmente justo - por promover alternativas e estratégias de captação e descentralização da riqueza produzida na região, se tratando de gerar novas oportunidades de acesso a carteira de crédito, disponibilizar especialmente a pessoas que não tenham outra forma de acesso aos empréstimos financeiros, sejam eles de consumo (pessoal) e produtivo (coletivo), ocasionando outra maneira de mobilização social comunitária.

No entanto são; culturalmente aceito - consideramos que devamos fortalecer uma cultura de igualdade social e economicamente mais solidária, sendo a proposta de Banco Comunitário numa determinada comunidade agregadora de valores, ou seja, o eixo organizador de novos paradigmas da relação individualizada entre homem, dinheiro e local onde se vive, já que culturalmente as periferias das grandes cidades são fruto de abandono e desprezo dos investimentos públicos que promovem o desenvolvimento local.

Portanto, propomos inserir no contexto dos Bancos Comunitários a Sustentabilidade, de maneira que, se traga para pauta pública o processo educativo que oriente melhor os indivíduos entre os princípios de economia solidária, buscando assim, o equilíbrio entre a sociedade e a natureza de modo que propicie as condições de melhoria das condições de vida, respeito aos recursos naturais e humanos, igualdade de direito, transformação social de forma justa e solidaria.