terça-feira, 22 de março de 2011

Revisionismo não é Socialismo



         O autor Lívio Xavier tradutor de varias obras entre elas o livro de Rosa Luxemburgo em “Reformas ou Revolução?” traz em sua arte literária uma representação que identifica natureza linguística de boa qualidade e considero difícil de ser tratada dada época (1946) que observei como leitor. Se comparado aos fatos vividos, ele evidência a semelhança nas teorias de Bernstein a uma visão da reacionária socialdemocracia, comparado a as suas teses defensora de reforma capitalista em tempos de crise politica e econômica defendida no final do século XIX. Bernstein contestava sobre os pontos de apoios nas condições econômicas do socialismo da sociedade da época e a luta social.

“A teoria de Bernstein, ao contrario, parte da impossibilidade da conquista do poder para afirmar a necessidade do regime socialista unicamente por meio da luta sindical e politica.”
Não sendo o movimento operário como simples movimento corporativo e reformista que foi abandonado ao ponto de vista de classe.

A partir desta constatação verificamos o quanto se faz necessário ações voltada a igualdade de direito entre os cidadãos, fica claro que os privilegiados sempre estarão a empreita de alargar suas vantagens na área econômica (com lucro), já que o modelo capitalista não contempla os que realmente vivem a margem desta tese, prova disso foram os anos do poder da socialdemocracia aqui sofridas.

O poder capitalista é antes de tudo um parâmetro de divisão social, tem a lógica do individualismo e separatismo na sociedade, conscientiza de forma arbitraria... vemos hoje uma ufania por reformas calcadas em politica capitalista. Podemos afirmar que entra pra história contemporânea a conquista do poder por um ex-operário (Lula) quebrando o paradigma de classe aqui no Brasil trouxe pro centro da discussão a regiões que sempre estiveram fora de pauta, ao contrário das afirmações de Brernstein no final do século XIX, na Alemanha.

O que nos toca a comparação é que a obra literária política não se encerra com precisão nos fatos vindouros, sobre o ocorrido no Brasil em 2003 abre-se uma nova possibilidade de reaver uma conquista a muito almejada pelo socialismo enraizado pela classe operaria, essa afirmação é a transformação social vivida quanto ao fato de uma nova janela ser aberta aos países em “desenvolvimento econômico”.
Essa política vivida nos anos de governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva permitiu a criação de dezenas de Bancos Comunitário por todo o Brasil, (podendo chegar a centenas), sugerindo assim uma alternativa na relação do capital com a população menos favorecida. O empregado passa a ser empregador e com incentivo sabe que sua condição social mudou, pra melhor é claro.

Em particular na cidade mais rica do pais (São Paulo) exitem diversas regiões periféricas que se igualam aos desenvolvimento das cidades muito pobres, com aglomerado de trabalhadores que vivem de forma sofrida uma realidade que muito pouco mudou com as políticas reacionárias.


Luxemburgo, Rosa, Reforma ou Revolução? - Ed. Expressão Popular, São Paulo, 1999. p,59..